Highway

A corrida nesse chão é longa. Buscamos sempre a perfeição de tudo e de todos a qualquer preço: quem bombeia nessa busca sempre tomba e de cabeça cai no chão e ali mesmo fica, pois se sair dali já é motivo para buscar sempre voltar pra lá, pois existe um padrão, e este deve ser respeitado a risca.

Situação como esta sempre se encontra na esquina, entre o bem e o mal, ali, pertinho do muro que separa essas duas ruas sendo parte de cada uma delas, gerando como primeira experiência a dúvida: qual chão ter que escolher pra correr?

Rapidamente se escolhe uma trajetória retilínea, simples e longa, muito longa... De repente, quando se está em um pique forte, resistente e entusiasmando-se de tanta adrenalina, eles resolvem propositalmente mandar uma tempestade de negatividade criando assim buracos na estrada pra ver se quem outrora estava em dúvida pudesse voltar ao padrão, isso mesmo, aquele que deve ser seguido a risca... (que chato repetir isso, mas o objetivo é esse mesmo! =D)

Só que esses trapaceiros esqueceram ou nem se tocaram de dois detalhes: primeiro é que a dúvida do corredor a essas alturas já tinha se transformado em “certeza reciclável”, e em segundo, que os buracos na estrada não atrapalhariam, porque quem corre , corre com os pés e quem está a pé é capaz de passar qualquer obstáculo que vier em uma estrada.